
Estou sentada a meia hora num banco. Passam se tantas coisas cá fora que já não sei para que lado me hei de virar.
As pessoas andam revoltadas com o mundo e depois reagem da maneira mais absurda. Se calhar o mais grave é que nem se apercebem disso mesmo.
Hoje, senti um vento forte atravessar o meu corpo, cortaram me as asas e já não posso voar. Perdi-me entre sonhos por ruas desconhecidas, não te disse porquê, nunca te consegui explicar.
Olhares desencontrados, vozes coincidentes. Só pedi, num momento apenas, a tua preocupação, que me olhasses de outro jeito, mas para ti era indiferente.
Estamos a meio da tarde e as pessoas continuam revoltadas, sinto isso. Será que ninguém pára para olhar o pôr-do-sol?
Faz-me confusão pessoas que se enrolam em palavras e no fim não são sinceras, nem mesmo com elas próprias!
Bem, está a ficar frio, e no meio disto tudo passaram 5h desde a primeira linha que escrevi. Estive a reconstituir as peças de todos os puzzles que tenho a rodopiar na minha cabeça. Nada fácil de entender. Quer dizer, há alguém que o entenda?
A minha cabeça, neste momento, é uma caverna, esta é a primeira de outras tantas cartas que vou encontrar escritas nas paredes dela, mas só as vou perceber quando sentir mesmo, a luz a arder.
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